Sei que o mundo não é triste,
Triste sim, é viver de uma ilusão,
Semear ventos e tempestades
Colher somente a solidão.
Talvez o mundo não seja triste,
Nem tenha a força de um olhar.
Talvez seja o extinguir de uma chama
Que nem chegou a deflagrar.
Talvez a solidão seja linda,
Uma boa forma de descobrir
A beleza de um cravo que murchou,
E que jamais tornará abrir.
Talvez a solidão seja para o poeta,
A mãe de todas as causas do abismo,
Caminhar para os braços da solidão.
Escapar ao desassossego do destino…
Talvez seja a sua última meta.
Rui Freitas, Julho de 1998
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