terça-feira, 2 de março de 2010

Dilema existencial…


Após a minha última postagem, surgiu um comentário muito pertinente, que desenterrou em mim uma intrínseca busca a uma resposta, que tem sido uma espécie de dilema existencial.
Este meu particular dilema (mas não o único) surge como em todas as vezes, sob a forma de pergunta… cuja resposta não é facilmente respondida, porque se o fosse, não seria um dilema...
Feita a introdução, passo a temática em questão…
Não será a eterna busca da alma humana pelo eldorado do amor, uma viagem utópica?
Não será necessária por vezes uma abordagem ao tema mais racional e menos sentimental?
Não querendo eu enveredar pelo método científico! Nem pedir que o façam, porque julgo não ser a metodologia mais adequada a questão. É preciso dize-lo abertamente que nem sempre podemos diligenciar na ciência e na racionalidade as resposta para todo o nosso e mais intimo quotidiano, pois muitas das respostas, são-no na verdade respostas individuais, susceptíveis de serem respondidas por quem de direito de uma forma intrinsecamente espiritual/racional.
Bem sei que para dilemas existenciais e morais nunca existe apenas uma resposta, nem muito menos, respostas certas ou erradas…
É por isso uma resposta puramente pessoal, no qual a resposta final terá de ser dada ao longo vida, com naturais avanços e recuos… Até muitas das vezes com mudança de opinião da nossa parte, face ao paradigma em questão, e decorre em grande medida da nossa sorte/azar face ao amor, seja ele fodido ou não.
Não quero esperar para o fim da vida para saber a resposta ao meu problema, pois julgo que aí de nada me irá adiantar. Também não quero a resposta, pelas experiencias e vivencias de outros… Dado o carácter pessoal da questão… Quero a resposta, respondida por mim e para mim… Mas quero-a para ontem o que de fácil nada tem.
Quero a resposta! Mas não sei como obtê-la!? Julgo que terei mesmo que esperar pela velhice para responder às minhas diligências espirituais, para quando for um ancião na minha “tribo”… Talvez quando a razão falar mais alto em mim que a paixão… ai talvez saiba responder a alguns dos meus dilemas, mas até lá… não esperem por mim, vão andando que eu vou lá ter! Só não sei é se lá nos encontraremos…

4 comentários:

Quelarinha disse...

A procura do amor é tal e qual a procura pelo Santo Graal... muitos o procuram, mas a verdade é que ninguém narrou que o encontrou. Daí a minha próxima pergunta "E então, porque não?" Não será bem mais interessante a viagem do que o objectivo? E caso se encontre, o que fazer depois? Será que teremos a capacidade de entender o amor? Será que somos dignos de o receber? Talvez o objectivo seja mesmo esse, uma viagem em nós mesmos e lá encontrar o amor, ou pelo menos ir encontrando vislumbres do que o amor é.
Sonhar, imaginar, procurar, caminhar... tudo isto sem sabermos se algum dia o iremos alcançar. Isto sim, talvez seja o que o amor espera de nós... ver até onde resistimos, quão longe são nossos sonhos e ambições. E a verdade é que muitos vão desistindo, uns por carência, outros por comodismo. São poucos os audazes que se aguentam... que sonham. Mas destes é que fala o amor, pois só a estes ainda resta a hipótese de encontrarem o que tanto procuram.
A tua resposta? Como tu dizes e eu concordo plenamente, cada um de nós tem as suas respostas. E para um dilema, apesar de várias respostas válidas, saberemos quem somos se tivermos a nossa resposta, a nossa indentidade.
Sabes... dizes que terás de esperar pela velhice para obteres as respostas. Mas diz-me... não é suposto ser isso a vida? Ir encontrando respostas ao longo dos anos? É óbvio que as mais complexas são as mais tardias, pois necessitam de grande bagagem de reflexões.
Por mim procuro, espero nunca perder esta capacidade.. ou então... ser encontrada

PS: Vamos todos andando, espero é que nunca pares de andar.

Pedro disse...

É um lugar-comum, mas "o coração tem razões, que a razão desconhece". Um bom princípio será deixar o coração cavalgar as razões que bem entente, enquanto a viagem não se torna demasiado e prolongadamente penosa.

Quando no deve e haver, a balança pende demasiado para o "deve", mais vale alijar o fardo.

Um abraço

solitario disse...

olá Rui aqui estou a comentar e vendo o seu cantinho. não sei se estou no lugar certo porque o endereço que deixou no meu blog não estava certo e no blog que Menciona não encontrei, se for engano me perdoe o proprietário deste blog.
Isto para eu dizer algo ao fim do seu conteúdo tenho de vir cá com mais tempo e será isso que eu vou fazer breve,
Obrigado pela sua visita e por gostar daquilo que escrevo.
Meus comprimentos e até breve.
sonhosolitario

Rui disse...

Porque não? Óptima pergunta... Responderei brevemente.